O cenário pode deixar o investidor em dúvida, especialmente por conta de um novo elemento: o FGTS mudou a forma de calcular a remuneração, historicamente considerada um ponto negativo do fundo. Afinal, com as perdas dos FMPs-FGTS Eletrobras, passou a valer mais a pena resgatar?
FGTS paga mais agora, mas não muito
Os especialistas dizem que não há resposta pronta para o que o investidor deve fazer. Clara Sodré, analista de fundos da XP, recomenda que o investidor analise o seu perfil, o momento da carteira e veja como estão as perspectivas para a empresa investida pelo fundo em questão antes de tomar qualquer decisão. “Quem está incomodado, vale avaliar estratégias para um perfil mais conservador”, diz.
Uma opção que pode ser avaliada envolve o resgate da aplicação, que não volta para o bolso do investidor, e sim retorna para o FGTS, lembra a planejadora financeira Paula Sauer. Mas, dessa vez, passará a render mais do que antes de 2022, quando o investidor entrou no FMP-FGTS da Eletrobras.
Desde dezembro de 2022, é possível transferir os recursos dos FMPs da Eletrobras para fundos de privatização que montam uma carteira de ações mais variada – produtos que ficaram conhecidos como “carteira livre”, e que não apostam apenas em uma única empresa, como no primeiro caso.
Atualmente, os produtos disponíveis no mercado costumam replicar uma carteira focada em ações existente na casa em questão, ou adotar um portfólio mais balanceado, com posições que mesclam renda fixa e renda variável, de maneira mais equilibrada.
De olho em um cenário mais volátil com incertezas sobre o quadro fiscal brasileiro, eleições e o nível de juros mundo afora, diversificação e seletividade são vistas como chave para quem deseja amenizar os riscos do portfólio, “combinação que vai ser possível no fundo de carteira livre”, avalia Sodré, da XP.



